quarta-feira, 5 de fevereiro de 2020


Considere uma flor. Quando vemos a cor brilhante de uma flor ou observamos sua estrutura complexa, experimentamos sua franqueza e simplicidade. Vemos como a flor reside no espaço como uma presença vívida. No instante em que a vemos pela primeira vez, a flor se transmite totalmente, completamente, à nossa percepção. Os ensinamentos budistas de Abhidharma nos dizem que a percepção direta ocorre em todos os momentos da experiência sensorial, mas é tão rapidamente envolvida pelas histórias, pensamentos e ideias da mente conceitual que geralmente sentimos falta dela. A visão não filtrada é uma visão genuína, despida de conceitos e ideias.

Experimentando o mundo fenomenal, o mundo natural, dessa maneira, vemos que tudo é continuamente permeado pela presença, uma plenitude e riqueza que fala sua própria língua. Algo tão simples como uma brisa pode fornecer uma porta para uma experiência de nossa natureza mais profunda. Rochas, árvores, grama, montanhas, oceanos e céu fornecem um poderoso estímulo para que estejamos presentes agora, no momento. Nenhum pensamento conceitual é necessário para conhecer sua existência. Eles simplesmente são como são. A natureza fundamental de uma árvore, sua arborização, está ali para que possamos experimentar e perceber diretamente, não mediados pela cognição.


Elizabeth Monson

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