Não criar pensamentos conceituais é
Zen. Uma vez que você saiba disso, caminhar, parar, sentar ou deitar, tudo que
você faça é Zen. Saber que o que a mente produz é vazio é ver o Buda. Os Budas
não possuem mente conceituais.
Abandonar a si mesmo sem
arrependimentos é a suprema caridade. Transcender movimento e quietude é a mais
sublime meditação. Os mortais seguem em movimento incessante, os santos
preferem a quietude. Mas a meditação mais elevada excede a ambas.
Usar a mente para enxergar a realidade
é ilusão. Não usá-la na busca da realidade é consciência. Livrar-se do poder
escravizador das palavras é libertação. Permanecer imaculado diante do pó das
sensações é praticar o Dharma. Transcender vida e morte é abandonar falsas
seguranças. Não precisar passar por novas existências é completar o Caminho. Não
criar ilusões é iluminação. Não prender-se à ignorância é sabedoria. Não ter
aflições é o Nirvana. E não criar ilusões na mente é ter atingido a outra
margem.
Bodhidharma
(em “The Zen Teaching of Bodhidharma”)
(em “The Zen Teaching of Bodhidharma”)
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