sexta-feira, 21 de março de 2014

Shushogi (trecho)

Nascer como ser humano é algo raro; ainda mais raro é entrar em contato com o Dharma Budista. Pelas nossas virtudes do passado entretanto, fomos capazes não apenas de nascer humanos, mas também de encontrar o Budismo. Dentro do campo de nascimento e morte, então, nossa vida atual deve ser considerada a melhor e a mais excelente de todas. Não desperdicem seus preciosos corpos humanos à toa, abandonando-os aos ventos da impermanência. Não se pode confiar na impermanência. Não sabemos quando nem onde a vida transiente terminará. Nossos corpos não nos pertencem; e a vida, à mercê do tempo, continua sem parar nem por um momento. Assim que a face da juventude desaparece, não é possível encontrar nem mesmo traços dela.  Quando pensamos cuidadosamente, descobrimos que o tempo, uma vez perdido, nunca volta. Frente à impermanência, nem reis, ministros de estado, parentes, servos, mulher e filhos e joias raras podem nos socorrer. Devemos entrar no reino da morte a sós, acompanhados apenas pelo nosso bom ou mau carma.

Shushogi - texto tradicional  budista

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