Nascer como ser humano é algo raro; ainda mais raro é entrar em contato
com o Dharma Budista. Pelas nossas virtudes do passado entretanto, fomos
capazes não apenas de nascer humanos, mas também de encontrar o
Budismo. Dentro do campo de nascimento e morte, então, nossa vida atual
deve ser considerada a melhor e a mais excelente de todas. Não
desperdicem seus preciosos corpos humanos à toa, abandonando-os aos
ventos da impermanência. Não se pode confiar na impermanência. Não
sabemos quando nem onde a vida transiente terminará. Nossos corpos não
nos pertencem; e a vida, à mercê do tempo, continua sem parar nem por um
momento. Assim que a face da juventude desaparece, não é possível
encontrar nem mesmo traços dela. Quando pensamos cuidadosamente,
descobrimos que o tempo, uma vez perdido, nunca volta. Frente à
impermanência, nem reis, ministros de estado, parentes, servos, mulher e
filhos e joias raras podem nos socorrer. Devemos entrar no reino da
morte a sós, acompanhados apenas pelo nosso bom ou mau carma.
Shushogi - texto tradicional budista
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