Você compreende que há um silêncio que está sempre
presente, e que todo barulho à volta está inserido nesse silêncio – até mesmo o
barulho “mental”. Você começa a compreender que os pensamentos surgem tendo
esse silêncio como pano de fundo. Os pensamentos surgem mas, paradoxalmente, na
verdade os pensamentos não existem, e
cada ideia surge como que vindo de um vasto espaço.
Em geral pensamos, “Bem, sou eu quem percebo os pensamentos
que estão surgindo”. “Afinal”, pensam, “quem mais seria”? Mas ao observar
cuidadosamente, você compreende que não é
você quem está pensando. Os pensamentos simplesmente surgem. Eles surgem
quer você queira ou não, e cessam quer você queira ou não. Ao reconhecer isso,
há um choque ao perceber que sua mente pensa e para de pensar por conta própria;
e se você não tentar controlá-la, verá que os pensamentos surgem nesse espaço
muito amplo. É uma descoberta extraordinária, pois mostra que há presente além
dos pensamentos e que não somos apenas o próximo pensamento que vier a surgir
em nossas mentes.
Adyashanti
(em “Falling Into Grace”)
(em “Falling Into Grace”)
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