Schopenhauer e os inúmeros escritores da Europa moderna que, abertamente ou não, adotaram a filosofia niilista, de Cioran a Berhard e de Houellebecq a Jelinek, todos eles viveram, quando jovens, numa ficção forte e coercitiva (religiosa ou política). Tendo entendido mais tarde que Paraíso, Inferno e Futuro radioso eram bobagens, que o Sentido da existência humana não era determinado nem por Deus, nem pela História, eles concluíram que ela não tinha Sentido algum, que era apenas tragédia, horror e derrisão, e se puseram a bradar contra a própria vida.
Isso é absurdo.
Isso é absurdo.
A vida tem Sentidos infinitamente múltiplos e variados: todos aqueles que lhe conferirmos.
A nossa condição é a ficção, o que não é uma razão para desprezá-la.
Cabe a nós torná-la interessante.
Nancy Houston
(em “A Espécie Fabuladora”)
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